A Chapada Diamantina sempre foi um lugar que sonhávamos conhecer, como amantes da natureza e viciados em cachoeiras, a Chapada seria o paraíso para nós.
Primeiramente foram necessárias muitas pesquisas, sobre as rotas, os lugares, pousadas, alimentação, etc. Sempre gostamos de fazer os passeios por conta própria, por isso não contratamos nenhuma agência de turismo. Tínhamos duas semanas de folga, então planejamos um roteiro com dias contados em cada cidade.
Pesquisando os atrativos de lá, descobrimos que alguns ficavam lotados durante o final de semana, por isso decidimos começar a viagem pelos locais com acesso mais difícil, já que iniciaríamos nosso passeio em pleno feriado. Saímos de Brasília na véspera do feriado de sete de Setembro e nosso primeiro destino foi a cidade de Ibicoara, no sudoeste da Chapada Diamantina.
Aqui passaríamos os próximos dois dias, conhecendo os principais atrativos da cidade.
Curiosidade: "Ibicoara" é um vocábulo tupi que significa "buraco na terra", "cova", a partir da junção dos termos yby ("terra") e kûara ("toca"). Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ibicoara
De Brasília até Ibicoara são aproximadamente 1.200km e dirigimos o dia todo até chegar ao hostel onde ficaríamos hospedados, no povoado de Mundo Novo, já no caminho para as principais atrações turísticas.
Embora tenhamos viajado o dia anterior inteiro, tivemos que acordar bem cedo para o primeiro passeio que já estava agendado com o guia, a Cachoeira do Buracão que está localizada dentro do Parque Natural Municipal do Espalhado, por conta do rio que possui o mesmo nome. Da hospedaria até o Parque, são aproximadamente 13km por estrada de terra em boas condições. O caminho talvez seja confuso para ir à primeira vez sem guia, por isso se for sozinho, peça informações antes.
Paga-se uma pequena taxa para entrar no parque, que possui estrutura com banheiros e estacionamento.
A primeira cachoeira que encontramos é a das Orquídeas. É uma pequena queda formada pelo Rio Espalhado, de águas escuras e bem refrescantes. Normalmente o tempo de pausa para lanche é feito nela na volta do Buracão e foi o que nós fizemos.
Suas águas vermelho-escuras são bem diferentes das que estávamos acostumados a ver, mas ao mesmo tempo é um convite irresistível para um banho. Nem preciso mencionar o quanto ela é linda né?
Após passar por ela, seguimos pela trilha até chegarmos à Cachoeira Recanto Verde, e ela faz jus ao nome. Cercada por paredões repletos de vegetação verde e úmida, o local se torna um verdadeiro recanto. A queda é bem alta e suas águas passam por uma abertura no paredão. É incrível! Infelizmente não é possível tomar banho, mas só poder admirá-la, já vale a pena.
Bem pertinho dali, já está o ponto de partida para chegar até a Cachoeira do Buracão. Tiramos os tênis, colocamos roupa de banho e cada um ganha um colete salva vidas para flutuar pelo cânion até próximo à queda.
A Cachoeira do Buracão também é formada pelo Rio Espalhado e para chegar até ela, você precisa pular de uma ponte ou para os menos corajosos, descer pela beirada das pedras até chegar ao mesmo nível do rio. Feito isso, só ir nadando pelo cânion até chegar próximo ao poço da cachoeira.
Todo esse percurso é um espetáculo, uma experiência única e indescritível. E mais incrível ainda é ir até a queda e entrar atrás dela. Sentir toda sua força e grandeza e se jogar no seu poço. Esta com certeza foi uma das experiências mais marcantes e deliciosas que já tivemos. Um passeio que definitivamente não pode faltar no roteiro pela Chapada Diamantina.
Depois de muito aproveitar, decidimos voltar e fazer uma parada para lanchar na Cachoeira das Orquídeas e claro, não poderíamos perder a oportunidade de receber uma incrível massagem dela. Fechamos com chave de ouro o Parque! Todo o percurso foi feito por uma trilha super tranquila, sem muitas dificuldades ou obstáculos, nível fácil!
Saindo de lá, como ainda estava cedo, resolvemos aproveitar e dar uma passada na Cachoeira do Licuri. Deixamos o carro no estacionamento, pagamos a taxa de entrada e descemos até a queda, uma descida incrivelmente íngreme e já nos preocupava a subida da volta, rs.
A cachoeira é linda, tem aproximadamente 100 metros de altura e um ótimo poço para banho, suas águas, assim como as outras cachoeiras, são bem escuras. Para quem curte, é possível acampar pertinho da cachoeira, e assim poder dormir e acordar ouvindo o som da queda, e ainda curtir um cenário incrível!
Na volta a temida subida...Haja fôlego! Não sei se era o cansaço do dia, ou se ela era realmente puxada, mas tivemos que dar algumas paradas para recuperar o fôlego. Apesar do cansaço, a trilha era linda, repleta de flores desabrochando, a luz do sol se pondo acima de nós e a brisa do vento soprando era uma espécie de compensação pelos nossos esforços.
Finalmente chegamos ao estacionamento e com o resto de ânimo que ainda tínhamos, fomos direto para o centro da cidade jantar e comprar os lanches que levaríamos no passeio do dia seguinte, uma vez que onde estávamos hospedados, não havia nenhum tipo de comércio.
O dia seguinte seria bem longo e cansativo, faríamos uma trilha pesada que duraria o dia todo e ainda teríamos que viajar até a próxima cidade do roteiro, onde passaríamos a noite.
Acordamos bem cedo, pegamos o carro e rodamos cerca de mais 15 km em estrada de chão, no mesmo sentido que a Cachoeira do Buracão, mas continuando reto na estrada ao invés de pegar a entrada que leva até ela, até chegarmos ao estacionamento da Cachoeira da Fumacinha, um dos cartões postais da Chapada, lá deixamos o carro. Não é necessário pagar alguma taxa para entrar na propriedade, mas é legal fazer uma pequena doação ou comprar o caldo de cana que é servido na volta e às vezes tem até pastel de jaca, um petisco bem popular na região.
Chegou a hora de começar a trilha! O nível de dificuldade é de moderado a difícil e o tempo médio é de 4 horas apenas para chegar nela. Comparo a trilha dela a Cachoeira da Água Fria em Formosa-GO (clique aqui), pois são vários trechos pela margem do rio, outros por dentro dele, atravessando de um lado a outro e saltando pedras. A trilha toda é linda, e têm vários pontos de banho, um deles é a Cachoeira do Encontro (falo mais dela a seguir).
No final do cânion está a exuberante queda, que nem por palavras ou fotos conseguiríamos mostrar a sua magnitude. Ela forma um enorme poço para banho com águas geladas, já que o sol não entra no final do cânion. Além disso, ali já havia uma plateia de admiradores que mesmo a trilha sendo longa e difícil, não os impediram de curtir esse espetáculo da natureza.
Depois de um tempo lá, começamos a sentir frio, pela água gelada e o vento que fazia pela imensa queda, então decidimos que era hora de voltar, pois tínhamos um longo caminho de volta.
E lembram-se da Cachoeira do Encontro que falei um pouco antes? Decidimos parar nela para lanchar, um ponto perfeito, já que as rochas formam uma espécie de caverna, bem de frente com a cachoeira e seu poço, além de receber em cheio os raios de sol. Perfeita! Impossível não aproveitar e tomar um banho ali também, uma delícia!
Decidimos não nos prolongar nela, pois estava ficando tarde e as pernas já estavam bambas de cansaço e por isso é bem perigoso de cair, eu, por exemplo, levei alguns tombos na volta, e o último me rendeu um hematoma enorme na perna, então é preciso ficar atento, já que grande parte da trilha é feita por pedras e que muitas vezes estão cobertas de limo e ficam muito escorregadias.
Chegamos ao final da trilha ao fim da tarde, quando decidimos parar no Lago do Baixão para dar uma descansada e admirar a natureza. Este lago foi a cereja do bolo, que vista linda! Os raios de sol num alaranjado vivo iam se esvaindo atrás das montanhas ao mesmo tempo em que sua luz fazia do lago um imenso e perfeito espelho, refletindo toda a beleza do seu arredor. Que vista maravilhosa, um momento congelado pra sempre na memória.
O local é muito frequentado pelas crianças dali, porque é bem raso e bem tranquilo, inclusive naquela tarde tinham algumas delas brincando lá e é claro, não podíamos deixar de registrar aquele momento mágico.
Chegamos exaustos no estacionamento e com muitas bolhas no pé, mas imensamente satisfeitos pelo dia incrível que tivemos no nosso último dia em Ibicoara. Fomos logo para a pousada tomar banho, pois ainda íamos dirigir até Igatu.
Antes de pegar a estrada resolvemos jantar num restaurante no centro. Pedimos pizza!! Que felicidade!! Estávamos exaustos e famintos, comer acalentou a alma!
O restaurante é bem legal e as pizzas são muito saborosas, o prato mais famoso do restaurante é a mandioca com carne de sol que não experimentamos, mas que deve ser uma delícia também.
Depois de comer, fomos direto para Igatu, já estava um pouco tarde e chegaríamos próximo à meia noite na pousada. Passamos por Mucugê que fica no caminho e da estrada podemos observar o esplendoroso Cemitério Bizantino sob os refletores direcionados pra si, nem parecia um cemitério, mas pequenos castelos construídos aos pés da montanha. Impressionante! Voltaríamos ali no dia seguinte para ver de perto, já que estava fechado àquela hora.
Continuamos na estrada e logo pegamos a entrada para Igatu, e não é a toa que ela é conhecida como a Cidade das Pedras ou Machu Picchu brasileira, a estrada que leva até o centro da cidade é feita de pedra, assim como várias construções, inclusive a pousada onde nos hospedamos e a famosa Igreja de São Sebastião. A impressão que tínhamos é que estávamos descendo uma montanha de carro, a cidade fica numa altitude bem abaixo do nível de Mucugê, é legal, diferente e até um pouco assustador.
Chegamos no centro da cidade e não poderíamos ficar mais apaixonados. Cidade pequena, uma pracinha charmosa, casarões com portas enormes que nos remete a tempos passados. Uma cidade cheia de história e que até hoje mantém suas raízes.
A pousada também era feita de pedra, rústica, mas aconchegante e com um espaço social bem bacana, mas não víamos a hora de cair na cama e descansar, o dia foi curto para tantas aventuras.
Depois de tomar um delicioso café da manhã, decidimos conhecer as ruínas de pedra da antiga cidade, onde antes moravam os garimpeiros que faziam a extração de diamantes. Nessas ruínas está a Galeria de Arte e Memória a céu aberto, onde são expostas as ferramentas e objetos utilizados pelos garimpeiros. Conhecemos também a Igreja de São Sebastião, feita inteiramente de pedra, é linda! Um passeio bem tranquilo e fácil de fazer, cheio de cultura e histórias.
Igreja de São Sebastião.
Saindo das ruínas, fomos conhecer a Gruna do Brejo, lugar onde foi feita a extração clandestina de diamantes por escravos europeus que foram trazidos ao Brasil enganados com a promessa de uma vida melhor. Quem nos guia pelo caminho é um senhor bem simpático e que nos conta com muita emoção, toda a história do local.
Ao chegarmos à Gruna, somo recepcionados por um lago de águas cristalinas com tom verde esmeralda e diversos peixinhos curiosos com a movimentação, em busca de algumas migalhas de comida. A vontade de dar um mergulho era imensa, mas infelizmente não era permitido.
A entrada da Gruna é bem baixa, por isso é necessário tomar cuidado para não bater a cabeça! A iluminação é feita por velas, por isso são necessárias várias para iluminar o caminho, e logo na entrada temos três bonecos feitos de tabatinga* branca representando os garimpeiros e um boneco de Jesus para abençoar a todos, ali são acessas velas para cada um.
Até que chegamos ao salão principal da gruna, um salão enorme e repleto de bonecos, ali o guia também acende uma vela para cada um e conta um pouco mais da história desses garimpeiros.
*Tabatinga: Vocábulo de origem tupi que significa : argila mole, branca ou esbranquiçada; terra argilosa.Fonte: Dicionário Informal, 2018.
Somos inundados com muitas histórias, muita cultura e um sentimento de tristeza pelos garimpeiros que foram escravizados ali.
O passeio pela Gruna foi diferente e interessante, aprendemos muito sobre a história local.
Saindo de lá, fomos almoçar e descobrimos que havia algumas cachoeiras ali perto e decidimos tentar conhece-las por conta própria, porém como não havíamos pesquisado o caminho corretamente, acabamos não as encontrando. Conseguimos visitar apenas uma pequena queda, a Cachoeira da Cadeirinha.
A cachoeira estava bem seca e não tinha poço para banho, como já havíamos rodando muito e não encontramos outras cachoeiras, decidimos voltar e seguir estrada, voltando para Mucugê.
No caminho, paramos para conhecer o Projeto Sempre Viva criado no ano de 1999, para preservar a flor sempre-viva, típica da região e que infelizmente está ameaçada de extinção. A portaria de entrada é bem bonita, cheia de arranjos de sempre-vivas coloridas e o salão é adequado às grandes rochas que lá estão.
Possui uma arquitetura inspirada nas casas dos garimpeiros, e uma ótima infraestrutura, com laboratório, escritório, centro de visitantes, estacionamento, banheiros, alojamentos para pesquisadores e o Museu Vivo do Garimpo. Muito legal!
Este projeto acumula vários títulos e prêmios. Em 2006, o município de Mucugê recebeu do Instituto da Biosfera e do Instituto IBRAE-RJ o título de destaque Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
O Parque mantém parceria com universidades da Bahia e já soma um total de 32 pesquisas desenvolvidas, várias delas com as sempre-vivas de Mucugê. Ainda dentro do Parque, é possível fazer trilhas sinalizadas que levam às belas cachoeiras: Piabinha, Tiburtino e Andorinhas. Fonte: Site Guia Mucugê, 2018.
A Cachoeira da Piabinha infelizmente estava com pouquíssima água e nem se formava uma queda. Seguindo a trilha, mais a frente estava a Cachoeira do Tiburtino, formada pelo Rio Cumbuca.
Foi um dos locais onde mais se produziu diamantes na história da mineração baiana e onde a Chapada passou a se chamar Diamantina.
A cascata é linda e diferente da outra, estava com ótimo volume de água, formando um belíssimo poço, ideal para se refrescar nos dias mais quente. É um lugar muito lindo!
Saindo dali, decidimos finalizar o dia no Cemitério Bizantino, um dos atrativos mais famosos da região, com sua arquitetura bizantina surpreendente. O cemitério foi erguido embaixo da montanha e de frente para a cidade, foi construído porque devido a uma epidemia de cólera, um decreto fez com que os mortos fossem enterrados em outro local e não nas igrejas como era comum na época. Com o passar dos anos, o cemitério foi preservado e passou a se tornar um dos patrimônios histórico da Chapada.
Fim de tarde, hora de ir para a pousada tomar banho, descarregar fotos e descansar para poder conhecer um pouco mais da cidade que parece ser bem bacana. Mucugê possui um centro bem agitado, com várias opções de refeição, desde barzinhos mais simples, churrascarias e restaurantes um pouco mais sofisticados, bem legais. Jantamos no restaurante Point da Chapada, a comida estava deliciosa com direito até a uma taça de vinho pra relaxar. Perfeito! Voltamos para a pousada satisfeitos e ansiosos pelo dia seguinte.
Partimos cedo em direção a Itaetê, dia de conhecer Poço Encantado. Estávamos com muita expectativa para esse dia, além de conhecer o Poço Encantado, íamos conhecer também o Poço azul, outro grande espetáculo da Chapada.
Primeiramente, vamos falar do Poço Encantado, um lugar mágico. O caminho até lá é bem fácil e sinalizado, chegamos sem dificuldade. Um pedaço do trajeto é por asfalto, mas a grande maioria é por estrada de terra, em boas condições, pelo menos na época da seca.
Já na portaria de entrada, encontramos uns macaquinhos extremamente simpáticos, que se aproximavam sem medo em busca de comida. Ali na entrada tem uma lanchonete onde vendem algumas bebidas, como água de coco, comidinhas e souveniers.
Para entrar no poço é necessário colocar capacete de segurança, pois a entrada é bem estreita e apertada, além de ter que descer alguns degraus. É necessário tomar cuidado para não bater a cabeça na parede ou escorregar no chão liso.
Logo que vamos adentrando, já conseguimos ver o azul brilhante do poço, num primeiro olhar é até difícil distinguir onde estão as rochas e onde começa o meio aquático. Hoje em dia não é mais permitido se banhar, pois a água não é corrente e por ter um fluxo muito lento, notava-se que ele demorava muito tempo para se limpar, então para não haver mais poluição nas águas, o nado foi proibido e agora só é permitida a contemplação, o que já é um grande privilégio só por conhecer um lugar tão lindo, quase que um santuário de meditação. É fantástico!
O poço possui aproximadamente 60 metros de profundidade e é possível ver perfeitamente os resíduos do fundo, como pedras e troncos de árvore. Uma das justificativas para tanta limpidez é a existência de elementos como o carbonato de cálcio.
Infelizmente não pegamos o dia em que o sol passa pela fenda e bate dentro do poço, mas ainda assim, conseguimos ter uma ótima visão das suas águas azuis cristalinas e da profundidade impressionante que tem. Também não é permitido permanecer muito tempo no local, apenas 15 minutos em dias de grande movimento e 20 minutos nos dias mais tranquilos.
Foi uma das experiências mais marcantes da vida. É impressionante como nosso país é tão rico em belezas naturais e mais ainda, é gratificante ter o privilégio de conhecer alguns desses lugares.
Saindo dali, fomos em direção ao Poço Azul, em Nova Redenção, bem próxima a Itaetê. É necessário fazer a travessia do Rio Paraguaçu, que pode ser feito pelo próprio rio quando está seco, ou pela ponte.
Nesse ponto você pode atravessar o rio sem pagar nada se ele estiver com nível baixo e se seu carro for alto ou seguir a estrada mais a frente onde fica a ponte de travessia e pagar um pequena taxa de manutenção.
Já na portaria de entrada do Poço Azul, você paga a taxa de entrada e recebe o kit de flutuação, com colete, máscara e snorkel, ali também pode-se contratar os serviços de um fotógrafo para fotos aquáticas, o que nós recomendamos, se você quiser ter fotos bacanas. Fomos com uma GoPro, mas devido a baixa luminosidade na gruta, as fotos não ficaram boas.
Detalhes a parte, sem palavras para descrever este lugar. É lindo demais, a água cristalina e o tom azulado deixam o cenário surreal. Quando o sol bate dentro da gruta, tudo fica ainda mais especial, o feixe de luz atravessa a água e você parece estar dentro de um túnel de luz, a sensação é muito especial. Um dos lugares mais lindos que já conhecemos.
Ele possui 40 metros de extensão e 20 metros de largura e aqui é possível fazer mergulho porque sua água é corrente, diferentemente do Poço Encantado.
Uma curiosidade muito interessante é que ele é o maior sítio arqueológico submerso do Brasil. Em 2005, fósseis de vários animais foram resgatados a mais de 15 metros de profundidade. Foram identificadas 14 espécies diferentes. Entre os achados, chama a atenção o de um esqueleto quase completo de um mamífero herbívoro gigantesco que viveu em todas as Américas até cerca de 11 mil anos atrás: a preguiça terrícola, que chegava a medir 6 metros de comprimento. Fonte: Site Guia Turístico Chapada Diamantina, 2018.
O passeio pode ser feito por pessoas de todas as idades, já que o único esforço é descer as poucas escadas até o poço.
Dentro da mesma propriedade ainda tem lanchonetes e um restaurante com uma comida caseira maravilhosa, além de uma infraestrutura com estacionamento e banheiros.
Depois de conhecer todas essas maravilhas, partimos para nossa próxima cidade: Lençóis.
Chegamos ao fim da tarde, nos instalamos na pousada e logo depois fomos conhecer um pouco do centro de Lençóis. Uma das cidades mais agitadas que havíamos passado até então, cheia de pessoas e principalmente, turistas estrangeiros! Acho que nunca vimos uma concentração tão grande de diferentes idiomas, impressionante. Além disso, o centro é todo charmoso, cheio de bares, restaurantes, pizzarias, com música acústica na rua mesmo e tudo isso com um toque bem rústico e acolhedor de cidade turística, uma lindeza! Com certeza uma das cidades mais legais que conhecemos.
Depois de jantar e curtir um pouco desse clima, resolvemos ir descansar, pois a trilha do dia seguinte seria longa.
Acordamos cedo, pegamos algumas dicas com o dono da pousada e fomos tomar café antes de cair na trilha. Nosso objetivo era chegar até a Cachoeira do Sossego, uma trilha longa, mas razoavelmente bem demarcada. Na mesma trilha ainda é possível conhecer o Ribeirão do Meio, um cachoeira em forma de escorrega com um enorme poço de banho, o lugar é bastante frequentado pelos moradores, um ótimo local para curtir o dia. Decidimos parar nela na ida, já que tinha que fazer um pequeno desvio na trilha.
Como estávamos com pressa, logo pegamos de volta a trilha em direção a Cachoeira do Sossego. O visual da trilha toda é bem bonito, passamos por várias rochas enormes bem coloridas e vários locais de banho, pulamos muitas pedras e tivemos que atravessar o rio várias vezes, por isso, em dias de chuva, é perigoso fazer essa trilha, pois o rio pode ficar muito cheio e também por se tratar de um cânion, pode surgir uma tromba d`água inesperadamente, o que é muito arriscado. Por sorte, pegamos um dia lindo, sem sinal de chuvas. E depois de saltar por várias pedras, finalmente chegamos nela.
Já havia algumas pessoas por lá e pelo caminho passamos por vários turistas, inclusive um grupo estrangeiro da terceira idade com muita disposição.
Aproveitamos para recuperar o fôlego e tirar algumas fotos. O lugar é bem tranquilo, a queda é linda e possui um enorme poço para banho. Também é possível entrar por traz de seu véu e observar as águas caindo, um espetáculo da natureza, mas decidimos lanchar na volta, num lugar onde achamos bem legal, com uma ótima sombra e um poço super gostoso para banho.
Voltamos então, sem grandes dificuldades, mas cansados e como ainda era cedo, resolvemos conhecer outra atração, que fica bem pertinho do centro da cidade, os Caldeirões do Serrano.
Este é outro local muito frequentado pela população local, principalmente pelo fácil acesso e fica lotado nos finais de semana e feriados. É um antigo local de garimpagem e onde foi descoberto o primeiro diamante de Lençóis. Os caldeirões são formações de pedra no chão e variam de profundidade, o tom da água é bem escuro, porém, são limpas. É ideal para se refrescar e relaxar durante o dia.
Quando chegamos, ainda havia algumas pessoas se divertido por lá, inclusive encontramos um guia que se propôs a nos mostrar vários outros lugares que tinham ali no entorno e que não conhecíamos, apesar do cansaço, decidimos fazer a trilha, não podíamos deixar de conhecer outros locais desse lugar fantástico.
A primeira parada foi ali pertinho, os salões de areia colorida, um local com alguns salões de pedra e com o chão forrado de areia, não é muito grande, mas bem interessante. E no final tem uma pequena demonstração das cores de areia que se encontram por todo o salão.
Seguindo por uma trilha pouco sinalizada, e por isso recomendamos para quem não conhece o local, ir acompanhado de um guia, chegamos ao Poço Halley, outra atração bastante procurada pela população.
A partir dali a trilha começou a ficar um pouco mais puxada, pois ela estava ficando mais íngreme. Logo chegamos à Cachoeira Primavera, uma pequena queda sem poço para banho, mas nos proporciona uma ótima ducha natural.
Depois de uma pequena subida pela trilha ao lado da cachoeira, chegamos no Poço Paraíso, um pequeno poço de águas escuras, mas que oferece um refrescante banho, bem gostoso.
Subimos mais um pouco e finalmente chegamos ao ponto mais alto da nossa trilha o mirante onde podíamos ver toda a cidade de Lençóis. Estas últimas atrações por estarem mais afastadas, recebem poucos turistas e até da população local.
Por fim, a última atração da trilha é a Cachoeirinha, uma pequena queda d´água que forma um pequeno poço de águas cristalinas e o fundo coberto de pequenas pedrinhas, bem diferente do que estávamos acostumados até então, que são os poços de águas escuras, que são típicas na região. É ideal para crianças, já que o poço é bem rasinho e por estar mais próxima aos Caldeirões, recebe mais visitantes.
Depois de passar por todas essas atrações no mesmo dia, estávamos esgotados, mortos de cansaço e com bolhas no pé, e eu só queria uma cama pra chamar de minha. Foi o dia mais puxado de toda a viagem, mas valeu muito a pena, pois conhecemos ainda várias outras coisas que nem estavam no roteiro e depois dessa, só queríamos ir para a pousada e descansar.
Tiramos o dia seguinte para fazermos um passeio mais tranquilo, íamos em direção à cidade de Iraquara. No caminho, nossa primeira parada foi no Poço Mucugezinho, formado pelo Rio Mucugê.
Uma opção de passeio para todas as idades! O acesso é muito fácil e para chegar ao Rio Mucugezinho é necessário apenas 5 minutos de caminhada leve. O poço é enorme e ótimo para nadar, possui também uma pequena queda para receber aquela massagem natural.
Por ser um local de fácil acesso, costuma ficar muito movimentado. O Rio Mucugezinho também dá origem a diversos poços, entre eles, o do Diabo, o maior de todos.
O Poço do Diabo possui aproximadamente 20 metros de queda d’água que formam um ótimo poço para banho que chega até 6 metros de profundidade. O local também é apropriado para praticar tirolesa e rapel. Depois de passar pelo Poço Mucugezinho, são mais 10 minutos por uma trilha leve, podemos observar o poço pela parte de cima, e seguir a trilha até a parte de baixo, aí é curtir o dia inteiro se quiser.
O local possui estacionamento, banheiros e um pequeno quiosque no início da trilha.
Voltamos para o carro e seguimos em direção à Gruta da Lapa Doce, ela faz parte de um complexo de cavernas calcárias, diferenciada da maioria das cavernas da região por ser ampla, arejada e quase toda plana.
Na portaria deixamos o carro, pagamos a taxa de entrada formamos um grupo de pessoas acompanhados de um guia que nos levaria por todo o percurso. A trilha até a entrada da gruta e bem rápida e sem dificuldade e assim que nos aproximamos já nos surpreendemos pelo tamanho da abertura de entrada.
Ela é considerada a terceira maior do Brasil, a caverna possui 20 km mapeados, onde 850 metros são abertos à visitação e seu maior salão tem 60 metros de largura. É impressionante.
Além disso, está repleta de formações curiosas, entre elas, um leão, uma coruja e um anjo. São formações rochosas lindas e que nos mostram a paciência que a natureza tem, já que essas formações demoram milhões de anos para se formar, uma até de gota em gota. Mágico!
Além de ver todas essas formações belíssimas, dedicamos algum tempo a ficar em silêncio na escuridão completa. É uma sensação de paz e sossego, ouvindo nada além de alguns pingos d'água que caiam das rochas, mas ao tempo temos uma sensação opressora, imaginar que você está embaixo da terra com toneladas de rochas acima da sua cabeça não é uma sensação muito reconfortante rs.
Alguns minutos depois já avistávamos a luz no fim da caverna
Depois de nos encantarmos com a gruta, fomos para a Fazenda Pratinha, outro atrativo que estávamos muito ansiosos para conhecer, lá você tem várias opções de lazer, como mergulho, tirolesa, fazer fotos aquáticas e flutuação, além de conhecer a Gruta Azul, uma gruta de águas translúcidas, que ganha tons azulados entre 14 e 15 horas (de abril a setembro), quando um feixe de sol invade uma abertura na rocha, porém é proibido mergulho. Sua profundidade é de aproximadamente 70 metros.
Já a Gruta da Pratinha é aberta apenas para contemplação, mas pagando um valor à parte, o visitante pode fazer mergulho e flutuação, é um lugar lindo de águas cristalinas e com muitos peixinhos. Com sorte, dentro da gruta, às vezes é possível encontrar tartarugas e até o bagre albino, uma espécie endêmica da região, além de ver pequenas conchinhas, resquícios de quando tudo ali ainda era mar. Tudo isso em meio à rica vegetação aquática nos remete a sensação de que estamos num aquário gigante. É incrível!
A atração mais frequentada é o Rio Pratinha, já que não é necessário pagar outro valor além do da entrada. O rio é o mesmo que passa pelas grutas, e por isso, suas águas são da mesma tonalidade, é ótimo para fazer flutuação com snorkel e as fotos aquáticas ficam lindas. Ali tem lanchonetes e banheiros, é um local ideal para aproveitar o dia todo com toda família.
Saímos já tarde da Fazenda Pratinha, com ótimas fotos e momentos incríveis guardados na memória. Um oásis em meio ao sertão.
Último dia em Lençóis, saímos cedo em direção a Cachoeira do Mosquito. A entrada da estrada fica ao lado da BR e depois são mais 13 km aproximadamente até chegar à Fazenda Santo Antônio, paga-se uma taxa de entrada e então é só seguir pela estrada até o mirante e um pouco depois dele, uma trilha até a parte de baixo da queda.
A cachoeira possui este nome porque ali foram encontrados muitos diamantes pequeninos, que são chamados de mosquitos. A queda possui aproximadamente 60 metros de altura e é formada em meio a um cânion, possui um pequeno poço para banho e suas águas são um pouco geladas, mas ela é linda!
Saindo de lá, voltamos pela BR em direção á entrada da cidade de lençóis, onde pegamos uma estrada de chão em direção a Comunidade Quilombola de Remanso, onde iríamos conhecer nossa próxima atração, o Rio Marimbus, conhecido como o mini Pantanal da Chapada.
É uma planície inundada pelos rios Santo Antônio e Utinga e outros que descem as serras do Parque Nacional da Chapada Diamantina. É o local onde há os maiores peixes da região, como o Tucunaré, além de capivaras, jacarés e inúmeras espécies de aves. As pequenas canoas atravessam os labirintos formados por vitórias-régias e samambaias-d'água, é muito legal!
Há vários guias que fazem a travessia, é bom conversar com alguns e ver qual melhor satisfaz sua necessidade, já que dá pra ir e voltar de canoa ou combinar de alguém levar o carro até o outro lado da travessia, economizando tempo de volta pra quem estiver com pouco tempo, como nós estávamos naquele dia.
O percurso de canoa é feito de Lençóis a Andaraí, ida e volta e percorre um total de 16 km em 3 horas, aproximadamente 1 hora de ida e 2 horas de volta, é um passeio muito calmo e em determinados momentos, bate um sono rs.
A travessia nos leva até a antiga Fazenda do Roncador, onde ficam os famosos caldeirões do rio Roncador. Por uma trilha leve chegamos até os famosos caldeirões do Rio Roncador.
É um lugar bem gostoso e dá pra aproveitar bastante. Lá também fica a Cachoeira do Roncador que impressiona por seus caldeirões e sequência de belas quedas até chegar a um enorme poço e uma prainha de água doce.
Saímos de lá já bem tarde fomos correndo subir o morro para ver o pôr do sol no Morro do Pai Inácio. Por sorte o dia estava limpo e sem nuvens. Subimos de carro até a portaria de entrada, onde paga-se uma pequena taxa de manutenção e então se inicia a trilha até o topo. Depois do início são mais 300 metros de subida íngreme, mas que não é tão puxada e todo esforço vale a pena para contemplar o visual lá de cima. São 360 graus de pura beleza, de lá temos uma visão de toda a Chapada, como o Morro do Camelo, o Morrão e o Vale do Capão. Lá venta bastante, então aconselhamos levar casaco, assim você aproveita o espetáculo muito mais confortável.
Depois disso, seguimos viagem rumo ao Vale do Capão, onde passaríamos os nossos últimos dias de viagem. Chegamos lá já bem tarde, mas com a memória repleta de paisagens lindas.
O dia seguinte era dia de conhecer uma das cachoeiras mais lindas e famosas da Chapada, a Cachoeira da Fumaça.
A portaria de entrada fica bem próxima ao centro do Capão, bem fácil de achar, é uma casa onde fica a Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC). O acesso a ela é limitado a 126 pessoas por dia aproximadamente e é necessário deixar nome e telefone de contato na portaria. A parte mais difícil é o início, com quase 2 km de subida íngreme, é bem puxada e exige fôlego, mas depois de subir, o restante do caminho é bem tranquilo, sem mais subidas. A trilha é linda e cheia de flores e à medida que nos aproximamos dela, sentimos um vento úmido, pensamos até que estava chovendo, só depois percebemos que eram as águas da cachoeira que subiam em forma de uma nuvem molhada. É impressionante e até um pouco assustador.
Sem dúvidas é uma das cachoeiras mais lindas que já conhecemos e também uma das mais altas, a segunda maior do Brasil, com 380 metros de altura e faltam palavras para descrever a sensação que é deitar à beira do precipício e admirar a incrível queda se tornar em fumaça antes mesmo de tocar o chão. A Cachoeira da Fumaça possui este nome, pois normalmente sua queda (de tão alta), não chega ao poço, tornando-se uma "fumaça" de vapor e subindo novamente com a força dos fortes ventos. É uma experiência incrível que indicamos a todo para conhecer um dia.
Na volta, comemos o famoso pastel de jaca, um petisco típico de toda a região da Chapada, é uma comida bem diferente e saborosa e fica ainda melhor com um delicioso caldo de cana. Muito bom!
À beira da estrada encontramos outra queda que fica no Parque Natural Municipal do Riachinho, uma cachoeira com o mesmo nome do parque, Cachoeira do Riachinho, um paredão que forma uma belíssima queda de aproximadamente 8 metros de altura e desagua em um poço ótimo para banho e ela continua em forma de pequenas cascatas. O Riachinho é um ótimo local para aproveitar o dia ou simplesmente dar uma passada depois de conhecer a Cachoeira da Fumaça, que foi o que nós fizemos e pelo fácil acesso, a cachoeira costuma ficar sempre movimentada. É necessário pagar uma pequena taxa de conservação do Parque.
Bem pertinho dali, no distrito de Conceição dos Gatos, existe uma propriedade com algumas cachoeiras, entre elas, a Cachoeira de Cima ou Boa Vista. Além de ter um poço ótimo de banho logo acima dela, ali dá pra sentar e observar o pôr-do-sol, a vista é realmente linda.
Numa trilha logo mais acima, chegamos ao Poço das Cobras. Com um belíssimo poço de aproximadamente 40 metros de extensão. O poço tem esse nome, pois dizem encontrar muitas cobras no local, nós, felizmente não vimos nenhuma.. E você, se arrisca a mergulhar nessas águas? Rs
Para entrar na propriedade onde estão estas cachoeiras, paga-se uma pequena taxa de visitação e lá tem almoço com comida caseira também que você pode encomendar na entrada.
Finalizamos o passeio já bem tardinha e voltamos para a pousada para um merecido descanso.
Último dia no paraíso, fomos com um guia conhecer as Cachoeiras Angélica e Purificação.
As duas cachoeiras ficam localizadas na Vila Bomba, a 8 km do Vale do Capão e tem entrada gratuita. A Cachoeira Angélica é uma pequena queda com um poço para banho, nadando por ele você pode chegar até a queda e receber uma ótima massagem.
A Cachoeira da Purificação fica mais afastada e numa trilha um pouco mais difícil e sem muita demarcação, por isso é recomendável ir somente com um guia.
A cachoeira ganhou este nome, pois suas águas são tão geladas que depois de mergulhar nelas, você sai com o corpo purificado. A queda não é muito grande e possui as águas mais geladas de toda a Chapada.
Saindo dali fomos conhecer a Cachoeira do Rio Preto, que fica próxima ao centro do Capão, para quem vai pela primeira vez é um pouco confuso, mas a maioria das pessoas conhece, então é só ir pedindo informação. Do estacionamento podemos ver a Serra do Candombá. A trilha é um pouco longa, mas sem grandes dificuldades, apenas no final dela, onde temos que descer um trecho bem íngreme e escorregadio.
A cachoeira possui uma pequena queda, porém volumosa e com muitas outras pequenas quedas onde forma-se um chuveiro natural, ideal para receber aquela massagem!
Uma das pequenas quedas é menor e forma um poço legal para crianças, pois é raso e a queda d'água por ser mais baixa não é forte.
Há um poço de água escuro-avermelhada, de aproximadamente 50 metros de extensão, ótimo para um mergulho, mas cuidado com pedras, não recomendamos saltar, pois a água escura esconde as rochas e tem várias delas pela beirada.
É um lugar muito gostoso, dá pra tomar banho de sol, nadar, ficar embaixo do chuveiro natural, é ideal para aproveitar o dia, talvez por isso seja tão frequentada por moradores e turistas.
Na volta, fazendo um pequeno desvio na trilha, chegamos até a Cachoeira das Rodas. A cachoeira possui esse nome, pois antigamente funcionavam três rodas d’água que forneciam energia. Acima dela encontramos uma sequência de pequenas quedas e poços de banho até chegar à Cachoeira das Rodas, uma queda de aproximadamente 60 metros de altura e num ângulo bem inclinada. A água é um pouco gelada e seu poço é raso, mas dá pra curtir um lindo pôr-do-sol de camarote.
E assim finalizamos nossa viagem, foram dias bem cansativos, mas que valeram a pena. Conhecemos lugares tão lindos e pudemos observar várias paisagens tão diferentes entre si no mesmo lugar ou com pouca diferença de distância. A Chapada nos surpreendeu de uma maneira muito especial e fomos embora com saudade e já querendo voltar. Recomendamos a todos uma viagem até lá, é enriquecedor, de conhecimento, de experiência, de alma. Você se conecta com a natureza de tal forma que só consegue sentir gratidão por poder conhecer tantas maravilhas e muito mais consciente do quanto devemos cuidar e proteger este bem tão precioso que a gente tem.
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